C2O

Nuno Mira do Ó sempre quis fazer vinhos que refletissem todo o potencial da sua região de origem, por isso quando se juntou ao seu amigo, companheiro enólogo, João Corrêa em 2012 para criar vinhos no Dão, a sua filosofia foi clara. [break]

E o facto é que os vinhos Mira do Ó distinguem-se sobretudo pela procura da expressão mais pura do terroir, a utilização de castas locais cultivadas com técnicas sustentáveis e vinificadas com a mínima intervenção, para além da obtenção de vinhos com excelente potencial de guarda. No caso do C2O, um projecto também conhecido como Vinhos Mira do Ó, segue à letra estes princípios nesta região de Viseu. 

Num planalto ao pé da Serra do Caramulo e da Serra da Estrela, na margem direita do rio Dão, encontramos as vinhas que dão origem aos vinhos deste projecto. Crescem em solos graníticos e argilosos, com um clima algures entre o continental e o atlântico. Uma combinação que dá origem a vinhos com uma textura muito rica, bem como profundos, muito elegantes e frescos que espelham esta zona. 

A uva é o componente essencial para o Nuno. Desde o seu cultivo até à sua colheita no momento óptimo de maturação, para além de uma vinificação pouco intervencionista mas na qual todos os processos são controlados em cada uma das fases. A rainha indiscutível aqui é a Encruzado, mas também partilha o seu estrelato com a Jaen, a Alfrocheiro, a Touriga nacional e a Tinta pinheira. 

Aos poucos este projeto foi crescendo, e em 2016 expandiram-se para a região de Bucelas, a norte de Lisboa. Nas vinhas situadas em Freixial, cultivam Arinto numa das zonas onde melhor se expressa. Foi aqui que Mira do Ó começou, e onde sempre quis regressar, por isso é um sonho materializado numa garrafa que leva o seu nome.