Esta venda termina em
2 semanas
Estima-se a entrega entre 15/07 e 17/07
15/07 - 17/07
Unidades limitadas
Unidades limitadas
Exploradores como Vasco da Gama ou Fernão de Magalhães fizeram história ao aventurar-se no mar. Neste projeto, encontramos a mesma ambição. [break]
António Maçanita não chegou à Índia, mas porque nos Açores encontrou o que procurava. No Pico descobriu uma terra única, vulcânica e viva, assolada pela filoxera e completamente desprezada. Com paciência, carinho e muito entusiasmo, embarcou com Felipe Rocha e Paulo Machado numa recuperação sem precedentes que hoje conquista o coração de todos os que a testemunham.
A entrada na adega é uma visão que parece saída de um sonho. Procurando a melhor exposição ao sol e evitando as habituais nuvens junto do topo da ilha do Pico, onde se assenta a maior parte da vinha, as videiras são plantadas em solos de rocha-mãe, o mais afastados possível do cimo e, portanto, quase ao pé do Atlântico, onde, segundo dizem os viticultores mais veteranos do lugar, “podem-se ouvir os caranguejos a cantar”.
As plantas estão enraizadas nas mesmas fendas da lava, cobertas de terra trazida da ilha do Faial, nutrindo-se com uma mistura de água salgada e chuva. A sua vindima representa um verdadeiro desafio. A orografia do terreno impede a mecanização, pelo que todo o trabalho tem de ser realizado à mão e em condições climáticas extremas. A típica tempestade seca ou dry storm complica o trabalho com o contínuo bater das ondas, os seus salpicos e o sal marinho que queima tudo à sua passagem. É por isso que as vinhas estão protegidas pelos famosos currais, com pedras todas equilibradas umas nas outras.
É neste terroir que a Maçanita leva a cabo o seu apaixonante projeto de recuperação de castas autóctones. A prova do seu sucesso é a Terrantez do Pico. Esta uva natural da ilha estava em vias de extinção, com apenas 89 plantas, quando os três amigos e sócios se lançaram neste projeto. Hoje, são 32 hectares espalhados por toda a ilha. Com ela, iniciaram uma revolução social e agrícola, pois o preço passou de apenas 0,70€ por quilo para 4€. Recuperou não só uma uva, um terroir e uma cultura, mas também o prestígio dos seus vinhos.
Parece fácil, mas é preciso ter em conta que só passaram 11 anos desde que o projeto foi consolidado. Há um árduo trabalho por trás, artesanal. Os seus vinhos são muito mais do que um simples copo, são uma experiência em constante evolução. Fascinantes, minerais, salinos e frescos, combinam os solos vulcânicos com o oceano. A sua acidez fina e equilibrada torna-os ideais para guardar durante alguns anos. Se um dia tiver a oportunidade de visitar a adega, aproveite, mas entretanto, desfrute dos frutos deste meritório projeto.
Esta adega é a história de três amigos enólogos que em 2014 decidiram que pretendiam criar vinhos de autor que prestigiassem a sua terra, as ilhas dos Açores.
Bodeboca.com © 2025 - Todos os direitos reservados