Nekeas

Esta adega foi fundada em 1989 com a ajuda de oito famílias de Añorbe, que decidiram renovar a tradição vinícola da vila plantando cerca de 220 hectares de vinhedos e construindo, em 1992, um novo edifício para a adega. À frente deste projeto está Francisco San Martín, que lidera a gestão da adega e os interesses de todos os sócios que a compõem. Assim, embora a adega tenha semelhanças com uma cooperativa, funciona como se fosse uma empresa privada.

As vinhas de Nekeas, que atualmente são de mais de 30 sócios diferentes, estão no vale de Valdizarbe, o distrito vitícola mais setentrional de Navarra. Essa região fica no sopé dos Pirineus, a meia hora ao sul de Pamplona e a uma hora ao sul do Atlântico, razão pela qual seus vinhos têm certa influência do norte.

O clima da região é continental, com influência mediterrânea e atlântica. O ciclo vegetativo dura cerca de 218 dias e, ao longo do ano, registam-se 600 mm de chuva. As geadas também fazem parte do clima da região, causando por vezes danos graves às culturas. Os verões, por sua vez, são secos e quentes, com fortes variações de temperatura entre o dia e a noite.

Os vinhedos ficam a uma altitude entre 450 e 600 metros. Eles estão situados em colinas, em solos principalmente argilosos, embora também existam vinhas plantadas em solos pedregosos.

As variedades plantadas são a Tempranillo, a Cabernet sauvignon, a Merlot, a Chardonnay e a Viura. Além disso, contam com um tesouro vinícola que são as velhas cepas de Garnacha que sobreviveram ao arranque maciço de vinhas nos anos 60. Com essas cepas de Garnacha, eles fazem um dos seus vinhos tintos mais especiais: o El Chaparral de Vega Sindoa, que vem de cepas que têm mais de cem anos.

A adega é principalmente voltada para a exportação, por isso 80% da produção anual vai para o mercado externo, principalmente Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria e Canadá. A enóloga madrilena Concha Vecino é responsável pela elaboração de todos os vinhos da casa .