Bodega Valtoñar

Embora a marca exista desde 2000 e o edifício da adega tenha sido construído em 2004, a família Rioja López, responsável pelo projeto, tem uma tradição vitivinícola que remonta nada menos que ao século XVIII, quando seus antepassados já possuíam um grande número de lagares e adegas na região.

Os seus vinhedos ficam a menos de um quilómetro da adega, dentro do município de Anguix, embora também tenham vinhas nos municípios de Roa, Pedrosa de Duero, Olmedillo e La Horra. Esses vinhedos têm entre 25 e 80 anos e ficam a uma altitude média de 830 metros acima do nível do mar.

Todos esses vinhedos são trabalhados com métodos que respeitam o meio ambiente, evitando a fertilização mineral, dando uma matéria-prima com uma acidez perfeita para a elaboração de vinhos jovens e de guarda. Também não são utilizados produtos fitossanitários de origem química, nem glifosato como herbicida, substituindo-o por um sistema de lavoura mecânica. Por sua vez, a vindima é feita inteiramente à mão e em caixas de fruta de 20 quilos, especialmente no caso das vinhas mais antigas.

Quanto à vinificação, a Bodegas Valtoñar tem capacidade para elaborar 120.000 garrafas por ano. Toda a produção é natural e tradicional, utilizando leveduras indígenas provenientes da própria uva. A clarificação é feita com clara de ovo e os vinhos são estabilizados aproveitando o frio do inverno da região. O teor de sulfitos em todos os vinhos da casa está dentro dos parâmetros exigidos para vinhos biológicos, embora os vinhos de Valtoñar não tenham selo biológico oficial.

O parque de barricas é composto por barricas de carvalho francês em 80% e americano em 20%, com um tostado médio que faz com que todas as características dos vinhos se integrem perfeitamente e, como resultado, se obtenham tintos equilibrados, redondos, agradáveis e complexos.