Bodegas Hermanos Peciña

Após uns primeiros anos a elaborar vinho numa pequena adega no centro da localidade, em 1997 inauguraram as suas actuais instalações, graças às quais começaram a vinificar vinhos de crianza, reserva e grande reserva.

Pedro Peciña fez inicialmente uso da experiência acumulada durante quase 20 anos em La Rioja Alta S.A., uma das adegas centenárias da D.O.Ca. Rioja. Actualmente, a sua adega conta com 50 hectares de vinhas próprias e instalações capazes de elaborar um milhão de quilos de uva, com 4.500 barricas de carvalho americano e duas naves de envelhecimento com capacidade para 500.000 garrafas.  

As vinhas da Peciña estão situadas no coração da Sonsierra Riojana, uma zona onde coexistem os climas atlântico e mediterrâneo e onde o solo argilo-calcário permite a obtenção de vinhos suaves com volume na boca e boa acidez.

A distribuição da altitude das vinhas é outro dos principais factores da Peciña. Variam entre os 475 e os 600 metros sobre o nível do mar, permitindo realizar uma vindima selecionada e uniforme. Desta maneira, são necessários 25 dias, duração de toda a campanha, desde o momento em que se colhe o primeiro cacho localizado no nível mais baixo até ao último no ponto mais alto.

Todos os vinhedos estão distribuidos em vários pagos localizados a menos de 10 quilómetros da adega. Finca Iscorta é o mais antigo, com uma idade aproximada de 50 anos; El Codo é uma das vinhas mais espetaculares pela sua presença e qualidade da fruta; e Salinillas é a mais ocidental em toda a D.O.Ca. Rioja. A estas devemos acrescentar também as parcelas La Liende, La Veguilla, La Peña, La Tejera, Llano e Valseca.

Quanto às variedades de uva, predomina a Tempranillo, embora também existam algumas parcelas com Garnacha e Viura. Além disso, nas vinhas mais velhas podem-se encontrar videiras da casta Graciano.

A vindima é realizada manualmente e de forma seletiva, começando normalmente nos primeiros dias do mês de Outubro. Em termos de vinificação, baseia-se em manter as máximas qualudades das uvas. Por isso, são utilizadas barricas com várias utilizações, realiza-se sempre uma fermentação maloláctica e a transfega por gravidade para obter maior limpeza. Como se não fosse suficiente, todas as fermentações são realizadas com leveduras nativas.