Bodegas Vivanco

A história da família Vivanco está ligada ao vinho desde 1915, quando Pedro Vivanco González começou a vinificar em Alberite (La Rioja) as uvas de uma pequena vinha familiar. A geração seguinte, representada por Santiago Vivanco, continuou com o pequeno negócio, mas foi a mulher dele, Felisa Paracuellos, que realmente o incentivou a prosperar.

O filho de Santiago e Felisa, Pedro Vivanco Paracuellos, começou aos 14 anos a distribuir vinho de bicicleta por toda a região de Logroño e, anos mais tarde, estudou enologia em Requena. Ele viajou pelo mundo e começou a colecionar todo tipo de objeto relacionado ao vinho. Graças ao seu entusiasmo, o negócio começou a crescer e, em 2004, tornou-se o que é hoje: um lugar que abriga uma adega, uma fundação com um grande museu e inúmeras experiências enoturísticas dedicadas a partilhar a paixão pelo vinho.

Atualmente, à frente da Vivanco estão Santiago (impulsionador da Fundação Vivanco) e Rafael (enólogo da adega), filhos de Pedro Vivanco e quarta geração da família, que procuram manter o espírito fundacional do seu bisavô Pedro, que iniciou o caminho dos Vivanco no mundo do vinho.

A principal missão da Vivanco como adega é tentar mostrar ao mundo todos os riojas que existem por trás da Rioja. Isso significa refletir nos seus vinhos a diversidade dos diferentes 'terroirs' que fazem parte desta denominação de origem, pelo que selecionaram, entre todas as suas vinhas, aqueles 'terroirs' que melhor se adaptam a cada tipo de uva.

O epicentro da Bodegas Vivanco fica na localidade de Briones, dentro da sub-região da Rioja Alta. Trata-se de um dos ambientes com maior potencial vinícola de Espanha, e de onde se obtêm alguns dos melhores tintos do país. Aqui cultivam principalmente Tempranillo branco, Viura e Malvasia. Sem sair da Rioja Alta, a adega também tem vinhas na localidade próxima de San Vicente de la Sonsierra, em Badarà e em Alesón.

Já na zona central de Rioja, também têm diferentes vinhas. Mais concretamente, em Villamediana (onde cultivam Graciano e Garnacha), em Alberite e em Agoncillo, de onde obtêm o Mazuelo.

Embora a filosofia da Vivanco seja dar prioridade ao caráter de cada vinhedo, a adega também tem algumas características únicas que vale a pena mencionar.

Toda a adega é subterrânea para que o próprio subsolo regule a temperatura das instalações de forma natural. Além disso, a uva é arrefecida assim que entra na adega numa câmara frigorífica, onde fica durante 24 horas a 3 °C, para extrair toda a cor e os aromas de forma mais suave. Outra das características desta adega é a encuba por gravidade, que é feita para manter a uva o mais intacta possível. Finalmente, outra das peculiaridades é a utilização de tonéis de carvalho francês, onde os vinhos de Vivanco realizam a fermentação maloláctica para conseguir maior intensidade, expressividade e suavidade.

O Museu da Cultura do Vinho de Briones é uma das atrações turísticas mais importantes não só da Bodegas Vivanco, mas de toda a região de La Rioja. É gerido pela Fundação Vivanco ( que também possui um Centro de Documentação e uma Editora) e ocupa uma área de 4.000 metros quadrados.

As instalações foram inauguradas em 2004 pelo rei Juan Carlos I e nela podem ser contemplados uma grande quantidade de objetos colecionados pela família durante mais de 40 anos, além de material educativo e interativo com o objetivo de aproximar a cultura do vinho aos menos entendidos.

O museu, que já recebeu mais de um milhão de pessoas em pouco mais de 10 anos de existência, tem a sua maior joia na chamada Sala de Arte, onde se podem admirar quadros relacionados com o vinho pintados por Picasso, Dürer, Miró, Sorolla, Dalí ou Tapies, entre outros grandes artistas.